sexta-feira, janeiro 29, 2010
quinta-feira, janeiro 28, 2010
quarta-feira, janeiro 27, 2010
terça-feira, janeiro 26, 2010
segunda-feira, janeiro 25, 2010
sexta-feira, janeiro 22, 2010
quinta-feira, janeiro 21, 2010
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Aposentado
Depois que me aposentei, minha mulher insiste que eu a acompanhe quando vai fazer compras no supermercado. Infelizmente, como a maioria dos homens, eu acho que fazer compras é chato e ela fica horas fazendo compras, então nada mais justo do que eu ficar inventando formas de passar o tempo....
Resultado:
Ontem, minha querida esposa recebeu a seguinte carta do Extra Hipermercado:
Cara Sra. Araújo,
Durante os últimos seis meses, seu marido tem causado grandes transtornos em nossa loja. Não podemos mais tolerar seu comportamento e, portanto, somos obrigados a proibir sua entrada. Nossas queixas contra seu marido estão listadas abaixo e documentadas através de nossas câmeras do circuito interno.
1. 15/Junho:
Pegou 24 caixas de preservativos e colocou-as nos carrinhos de compra de outros consumidores enquanto não prestavam atenção.
2. 02/Julho:
Acertou TODOS os alarmes da seção de relógios para tocarem a intervalos de 5 minutos.
3. 07/Julho:
Fez uma trilha de molho de tomate pelo chão da loja indo até o banheiro feminino.
4. 19/Julho:
Dirigiu-se a uma funcionária e disse em tom oficial: “Código 3 na seção de Utilidades Domésticas. Dirija-se imediatamente para lá”. Isto fez com que a funcionaria abandonasse seu posto e fosse repreendida pelo gerente, o que resultou em um grave incidente com o Sindicato.
5. 14/Agosto:
Moveu o aviso de “Cuidado – Piso Molhado” para a seção de carpetes.
6. 15/Agosto:
Disse para as crianças que acompanhavam os clientes que elas poderiam brincar nas barracas da seção de camping se trouxessem travesseiros e cobertores da seção de cama, mesa e banho.
7. 23/Agosto:
Quando um funcionário perguntou se ele precisava de alguma ajuda, ele começou a chorar e gritar: “Porque vocês não me deixam em paz?” O resgate foi chamado.
8. 04/Setembro:
Usou uma de nossas câmeras de segurança como espelho para tirar caca do nariz.
9. 10/Setembro:
Enquanto examinava armas no departamento de caça, perguntava insistentemente à atendente onde ficavam os anti-depressivos.
10. 03/Outubro:
Movia-se pela loja de forma suspeita, enquanto cantarolava alto o tema do filme “Missão Impossível”.
11. 06/Outubro:
No departamento automotivo, ficou imitando o gestual da Madonna usando diferentes tamanhos de funis.
12. 18/Outubro:
Escondeu-se atrás de um rack de roupas e quando as pessoas procuravam algum artigo, gritava: “Você me achou, você me achou!”
13. 21/Outubro:
Cada vez que era dado algum aviso no sistema de som da loja, colocou-se em posição fetal e gritava: “Ah não, aquelas vozes de novo!”
E por fim:
14. 23/Outubro:
Foi a um dos provadores, fechou a porta, esperou um momento e então gritou: “Ei, não tem papel higiênico aqui.” Uma de nossas atendentes desmaiou.
Hipermercado Extra
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Cachórros
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Estamos de olho
quinta-feira, janeiro 14, 2010
quarta-feira, janeiro 13, 2010
terça-feira, janeiro 12, 2010
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Ceninha pra torrar a paciência
Certa feita, um amigo (Affonsinho – excelente músico. Recomendo seus discos.) cismou que queria ser ator. Então eu escrevi essa ceninha aí embaixo pra ele, seu filho Fred e o também músico Bill Lucas. Isso seria parte de uma peça de esquetes que acabou não indo pra frente, já que o Affonsinho estava lançando seu disco novo e ficou sem tempo. Como uma das minhas resoluções de fim de ano era voltar a escrever aqui no Patos, resolvi torturá-los um pouquinho. Sejam condescendentes, plizzzz.
Centro Espírita
Acendem-se as luzes
Pai Bill está
Otaviana e Flavinha olham para ele entre ansiosas e desconfiadas, na expectativa de que algo aconteça.
FLAVINHA: Tem certeza que isso é uma boa idéia, mamãe?
OTAVIANA: Nós já conversamos sobre isso, filhinha. Nós duas queremos um último contato com seu pai. E a Nildinha lá do escritório disse que esse é o melhor pai de santo da cidade.
FLAVINHA: Espírita, mãe. Espírita.
OTAVIANA: Ou isso. Sei lá. O certo é que ele vai nos ajudar a conversar com seu pai.
FLAVINHA: Tomara, né? Afinal, você enterrou aí a mensalidade da minha escola.
OTAVIANA: Eu sei, filhinha. Mas tente entender: é muita saudade!
FLAVINHA: Eu já entendi, mãe. Se não eu não estaria aqui. Ô!
Nesse momento, Pai Bill aumenta o tom da voz, sempre ininteligível, e faz alguns gestos.
OTAVIANA: Ó. É agora.
Algumas luzes piscam, barulho de rádio sendo sintonizado, barulho de telefone ocupado. Pai Bill volta ao tom de voz mais baixo.
OTAVIANA: Ué...
FLAVINHA: Acho que falhou.
Pai Bill Aumenta de novo o tom da voz. Gestos, luzes, etc. Dessa vez, uma voz grave, porém macia, surge.
OSCAR: Alô?
OTAVIANA: Quem fala?
OSCAR: Você quer falar com quem?
OTAVIANA: Com o Oscar, por gentileza.
OSCAR: É ele.
OTAVIANA: (emocionada) Oscar?
OSCAR: Sim?
OTAVIANA: (mais emocionada) É você Oscar?
OSCAR: Sim. Quem fala?
OTAVIANA: Sou eu, Oscar. Otaviana.
OSCAR: Querida? É você?
OTAVIANA: Sou eu sim, Oscar. Sou eu.
OSCAR: Querida, que saudade! Por onde você tem andado?
OTAVIANA: Eu tô viva, Oscar.
OSCAR: Ah, é... Tem esse detalhe... E quem é essa gostozinha aí do seu lado?
OTAVIANA: Quê isso, Oscar! É a Flavinha! Não lembra dela?
OSCAR: Flavinha...? Hmmm... Como você está bonita!
Flavinha faz tipo, entre constrangida e ingênua-safada. Otaviana desconfia e não gosta.
OSCAR: O que foi, querida. Cê tá com uma cara...
OTAVIANA: Não é nada, não. Quer dizer: é sua voz, Oscar. Ela tá tão diferente...
OSCAR: Bom, eu morri, né?
OTAVIANA: Não. Quero dizer, sim. Mas além disso. Desculpe o trocadilho...
OSCAR: O que você quer dizer com isso?
OTAVIANA: Sua voz, Oscar. Ela ta mais grave, mais sensual, mais bonita. Isso acontece por causa da... bem, você sabe...
OSCAR: Não. Não sei. Por causa de quê?
OTAVIANA: Você sabe... A voz muda depois que você... bem... bate com as dez?
OSCAR: Hein?
OTAVIANA: Bate com as dez! Veste o paletó de madeira, vira presunto, vai pra cidade dos pés juntos, diz adeus ao mundo, apaga, vai para o beleléu, bate as botas, estica a canela, come capim pela raiz, larga a casca, desce à cova, descansa, desencarna, passa desta para melhor, empacota, fecha os olhos, pifa, vira presunto, vai para o além, vai desta para melhor, da o último suspiro, expira, vira adubo, vira comida de minhoca, vai a 7 palmos, bota o pé na cova, passa da data de validade...
OSCAR: Você está querendo dizer...
OTAVIANA: Sim, Oscar! Morrer, pô! Acontece isso com a voz depois que morre?
OSCAR: Não, não... Eu sempre tive essa voz.
OTAVIANA: Puxa! Ta bem diferente. Lembra do nosso casamento? Quando você foi dizer o “sim”, sua voz saiu tão fininha que até o padre riu.
OSCAR: Peraí! Eu não sou casado.
OTAVIANA: Claro que é, bobinho. (para Flavinha) Coitado. Essa mudança toda, esse negócio de morrer, a correria... isso deve ter mexido com a memória dele. (para Oscar) Eu sou a Otaviana, sua mulher, e essa é a Flavinha, sua filha.
FLAVINHA: Lembra, pai?
OSCAR: Não senhora! Disso eu me lembro bem! Eu nunca fui casado, e muito menos tive filha. Ainda mais gostozinha como essa.
Flavinha aquela mesma cara de vergonha e safadeza ao mesmo tempo.
OTAVIANA: Mas você disse que lembrava de mim.
OSCAR: Sim, eu conheci uma Otaviana. Essa era da pá virada. Virávamos noites sem dormir. Porres homéricos, trepadas espetaculares... Mas não me casei com ela, que eu não sou doido. E nem tive filha. Pelo menos, não que eu saiba. E Otaviana não é um nome tão comum assim. Tem certeza de que não era você? Ta meio difícil enxergar seu rosto. As nuvens atrapalham um pouco.
Otaviana esconde o rosto com a mão.
OTAVIANA: Não. Não era eu, não. Eu sempre fui muito comportada, sabe? Chata até.
Flavinha olha-a com cara de espanto.
OTAVIANA: Então certamente isso foi um engano. Um erro desse macumbeiro safado!
FLAVINHA: Espírita, mãe. Espírita.
OSCAR: É. Linha cruzada... Peraí! O meu vizinho aqui também chama Oscar. Quem sabe não é ele?
OTAVIANA: Nossa que coincidência! Dá pra passar pra ele?
OSCAR: Claro! (ele fala pra si mesmo) Como é que transfere mesmo? Aperta aqui e...
A voz de Oscar é substituída por Por Elise. Atende uma voz masculina, porém mais fina e esganiçada (e, certamente, nada sensual) que a primeira.
OSCAR 2: Alô.
OTAVIANA: Oscar?
OSCAR 2: Sim?
OTAVIANA: O meu Oscar?
OSCAR 2: Sei lá. Quem fala?
OTAVIANA: Essa voz de taquara rachada não me engana. É você sim, Oscar. Sou eu. A Otaviana.
OSCAR 2: Tatá!!! Mas eu acabei de me mudar. Ainda nem me instalei direito. Como é que você me achou aqui?
OTAVIANA: É uma longa história. Mas no final das contas, foi o seu vizinho Oscar que transferiu a ligação pra você.
OSCAR 2: Você falou com o Oscar?!?!
OTAVIANA: Foi engano. Eu achei que era você.
OSCAR 2: Ele te cantou?
OTAVIANA: Deixa de ser bobo! Ele foi, digamos, simpático.
OSCAR 2: Aquele safado! Querendo me passar pra trás! Será que ele pensa que eu morri ontem?
OTAVIANA: Você morreu ontem, Oscar.
OSCAR 2: Hein?!?! Ah, é... Bem. Mas que bom que você ligou! Eu tava com saudades.
OTAVIANA: Eu também. Nossa vida foi muito boa juntos. Foi muito dura e austera...
FLAVINHA: Austera é outro jeito de dizer pobre!
OTAVIANA: Passamos dificuldades, sim. Mas sempre fomos honestos. Sempre admirei sua integridade, Oscar. Às vezes faltava até dinheiro pra pagar a escola da Flavinha, mas você nunca foi desonesto. Sempre ali: firme! Nos guiando através das dificuldades.
FLAVINHA: É mesmo! Eu nunca pude ter roupas da moda, nem acompanhar minhas amigas nas baladas. Mas sempre pude encher o peito de orgulho do pai que eu tive. Minhas amigas, filhas de ministro, deputado... essas andavam sempre na moda. Tinham tudo do bom e do melhor. Mas nenhuma delas podia dizer que o pai era um exemplo! Era nisso que eu pensava enquanto as via, pela janela do ônibus, indo embora nos seus carrões importados.
OSCAR 2: Bem, sobre isso eu tenho algo a confessar.
OTAVIANA: Diga, querido.
OSCAR: Isso é muito vergonhoso pra mim.
OTAVIANA: Pode dizer. Você sabe que eu sempre te respeitei. Qualquer coisa que você disser certamente vai ser menor que esse sentimento. Além do mais, tenho certeza de que não é nada.
OSCAR: Eu sei, Tatá. Você sempre me foi fiel, lutadora. Mas e a Flavinha?
FLAVINHA: Eu te amo, pai. Tenho certeza de que não há de ser nada.
OSCAR: Eu enganei vocês durante um tempo...
OTAVIANA: Durante um tempo, Oscar? Quanto tempo?
OSCAR: Bem, a vida toda...
OTAVIANA: Enganou como? Não vai me dizer que você tinha outra família. Isso eu sei que não é. Você nunca teve dinheiro pra sustentar uma direito, quanto mais duas.
OSCAR: Não, eu nunca tive outra família. Mas não é por falta de dinheiro. Eu sou um cara rico. Milionário. Tenho muito dinheiro na Suíça.
OTAVIANA: Como assim?!?
FLAVINHA: Não to entendendo.
OSCAR 2: Eu sempre desviei dinheiro público. Sempre tive caixa dois. Era sempre o primeiro a entrar numa boa negociata.
OTAVIANA: Você! Mas como? E porque nunca nos contou?
OSCAR 2: É que vocês me admiravam tanto... Tinham tanto orgulho de mim... Eu não queria despontá-las.
FLAVINHA: Mas que viado!
OTAVIANA: Filho da... Quer dizer que todo esse tempo a gente viveu nesse miserê todo e o babaca aí cheio de grana guardada?
OSCAR 2: Mas eu vou corrigir isso!
OTAVIANA: Deixa de ser palhaço, Oscar! Cê tá morto. Como vai corrigir alguma coisa?
OSCAR 2: Eu te passo o número da conta e a senha. Você vai lá e saca tudo. Vai ter uma vida de rainha. Você e a Flavinha. Tudo o que vocês não tiveram durante a minha vida, terão agora.
OTAVIANA: É... Bom... Não deixa de ser uma boa idéia.
OSCAR 2: Anota aí: o número da conta é 15687.
OTAVIANA: 15687. Anotei. Diz a senha.
OSCAR 2: A senha é...
A voz de Oscar é interrompida. Pai Bill sai do seu transe e bate uma companhia, dessas de balcão de hotel, interrompendo a conversa de Otaviana e Oscar.
PAI BILL: Acabou seu tempo. Obrigado e volte sempre.
OTAVIANA: Como é?!?!
PAI BILL: Seu tempo... Acabou... Volte sempre. (gritando em direção à porta) Próximo!
OTAVIANA: Não, peraí. Agora que ele ia falar a senha do banco. Não senhor! Põe ele na linha de novo!
PAI BILL: Não dá. A não ser que a senhora pague uma prorrogação. PRÓXIMO!
FLAVINHA: Paga ele mãe.
OTAVIANA: Não dá, minha filha. Só sobrou o dinheiro do ônibus.
FLAVINHA: Quê que tem? A gente volta a pé hoje. Pra botar a mão nessa grana vale o sacrifício.
PAI BILL: PRÓXIMO!!!!
OTAVIANA: Tem certeza, minha filha?
FLAVINHA: Claro, né mãe? Ô!
PAI BILL: PRÓ-XI-MO!!!!
OTAVIANA: Não, peraí Pai Bill. Tá aqui, ó! (dá o dinheiro pra ele) Isso dá mais quanto tempo?
PAI BILL: (olha as notas com certo desprezo) Mais uns cinco minutos, no máximo.
FLAVINHA: Vai, mãe. Ele só tem que falar a conta mesmo. Dá tempo e sobra.
OTAVIANA: Ta bom, vai.
Pai Bill começa de novo a sacolejar como Stevie Wonder e a glossolalia. Depois de um tempo, a mesma voz grave do primeiro Oscar atende.
OSCAR: Alô?
OTAVIANA: Oscar?!?!
OSCAR 1: Querida, você voltou. Eu sabia! A gostozinha da Flavinha ta aí com você?
FLAVINHA: (entre sem graça e lisonjeada) Tô.
Otaviana dá um safanão em Flavinha.
OTAVIANA: Sai da linha, Oscar. Chama o outro Oscar. Rápido!
OSCAR 1: Ta bom, ta bom. Já vai. Como é que transfere essa mer...
(Por Elise)
OSCAR 2: Pronto! Tá aí. Anotou tudo?
OTAVIANA: Anotei nada, Oscar. Caiu a linha! Repete!
OSCAR 2: Caiu a linha?!?! Mas essa telefonia daí é fogo, viu? Cê tá falando pela Vivo?
OTAVIANA: Não interessa, Oscar! Só repete a senha! E rápido!
OSCAR: Tá bom, tá bom. (pra si mesmo) Onde é que eu pus aquele papel? Ah! Tá aqui. Ó, anota aí. A senha é...
PAI BILL: (toca a sineta de novo) Muito obrigado por utilizar os nossos serviços. Volte sempre. PRÓXIMO!
Otaviana cai
sexta-feira, janeiro 08, 2010
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Serviço de utilidade pública
Para ilustrar como é simples, vamos estudar um exemplo em alemão:
Primeiro, pegamos um livro em alemão, neste caso, um magnífico volume, com capa dura, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão, Hottentotten).
Conta o livro que os cangurus ( Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter ) cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-los das intempéries.
Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e, quando abrigam um canguru, chamamos ao conjunto de " jaula coberta de tela com canguru(Lattengitterkotterbeutelratte
Um dia, os Hotentotes prendem um assassino (Attentäter), acusado de haver matado uma mãe (Mutter) hotentote (Hottentottenmutter), mãe de um garoto surdo e mudo ( Stottertrottel).
Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutt
No livro, os índios o capturam e, sem ter onde colocá-lo, põem-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotte
Mas o preso escapa.
Assim, através deste singelo exemplo, podemos ver que o alemão é extremamente simples. Basta um pouco de interesse!