quinta-feira, junho 28, 2007

Redação itinerante

Caros,
o próximo poste será escrito direto de nossa redação em BH, onde passarei um agradável e etílico fim de samana.
Boa viagem pra mim!
Degustação de vinho em Minas
- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca???? Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!!!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzí-lo no...
- Mais num vai introduzí mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!!!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo!!! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento!!! Engulidô de rôia!!!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim!!! E é um... e é dois... e é treis!!! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!!!...

12 comentários:

Ricardo Andrade disse...

Uma pérola...

Anônimo disse...

agora fiquei tensa: ele acertou ou não o enólogo sem noção???

Anônimo disse...

Cadê a Malu que não vi por aqui esta semana????

Túlio disse...

Pois é, Vivi. Tô mandando e-mail pra ela mas até agora nada...

Túlio disse...

E respondendo à sua pergunta, Vivi: depois que o caboclo pula o corguim não tem mais jeito. Tem partir pra inguinorânça.

Fábio Mayer disse...

Esses mineiros são estranhos...

=)

Anônimo disse...

Olha, eu já vi. Dá pra o cara ser enólogo sem ser viado, ou pelo menos fresco. O resto é viadagem mesmo.

E pior: o cara fazer uma descrição claramente baseado em algo que só ouviu falar. Aí é de lascar, viu? É a coisa mais chata que pode haver.

Anônimo disse...

Eu!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Beijos pra Leticinha, Vivi (na boca) e Malu.

Pro Túlio não mando nada. Ele não respondeu a meu e-mail. Bobão!

Anônimo disse...

I! Isqueci!
Foi mal, grande Palhaço.

Anônimo disse...

Palhaço, que fim você levou, hein!

Não tenho visto seu nick em lugar nenhum. Você pretende vorrrtarrr? Tem aparecido com outro codinome?

Túlio disse...

Ah seu palhaço!
Respondi sim. E até mando umas bobagens de vez em quando. Mal agradecido!

Bem vindo de volta.