sexta-feira, janeiro 05, 2007

Coisas que eu não entendo

A modelo, apresentadora (?) e celebridade instantânea por causa do seu casamento com um certo dentuço aí Daniella Cicarelli resolveu processar o site You Tube por manter no ar imagens de sua transa aquática.

O site cumpriu a decisão judicial e tirou do ar os vídeos da putaria. Porém, o You Tube, que foi comprado pelo Google no ano passado por US$ 1,65 bilhão (!), é abastecido pelos próprios usuários, ou seja, o administrador tira um vídeo, e logo aparecem mais cinco. E se o administrador coloca um filtro impedindo postagens com o nome da moça, o usuário logo põe um vídeo com o nome “show do Chico Buarque”, por exemplo, com as imagens proibidas camufladas.

Como se vê, é praticamente impossível cumprir a decisão de tirar o tal vídeo do ar.

E não é que a moçoila resolveu então tirar o site do ar? E não é que os tribunais brasileiros deram ganho de causa? Essa notícia já correu o mundo, e foi manchete em jornais como o NYT, a rede CNN e a agência Reuters.

“Essa solicitação da Justiça será difícil de ser cumprida por seu aspecto técnico e também pela discussão que gera. Se todos quiserem retirar do ar informações que lhes desagradem, vamos virar a China”, afirmou Antonio Tavares, presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abranet). “Também não sei se as empresas que realizam conexões internacionais vão acatar pacificamente essa decisão”, continuou.

Ou seja, é uma decisão natimorta.

Mas até aí tudo bem. Ela tem direito a processar o site, claro. A justiça taí pra isso mesmo. E é salutar que isso gere uma discussão sobre os limites da internet e da censura.

A parte que eu não entendo é a seguinte: uma celebridade (?), que obviamente atrai olhares e câmeras, resolve ir a um local público (uma praia) com o namorado e dar um trepadinha na água, à vista de quem quiser, agora vem cheia de pudores processar o site que não tem nada a ver com a história? Porque será? Alguém me explica? É que eu sou meio burrinho...

Pelo menos a história rendeu uma hilária campanha contra a dengue (depois eu ponho aqui).

18 comentários:

Anônimo disse...

Essa "moça" casou num castelo francês e 3 meses depois se separou num diz que me diz digno da Tati Quebra Barraco.

Daí, assediada por paparazzis resolve dar umazinha numa praia badalada e cheia de gente e ainda reclama que filmaram?

Sinceramente, foi ela quem pediu a exposição pública.

Mas se ela achou ruim, paciência, ela deveria contratar um bom advogado e, para este tirar o video do You Tube era moleza, bastava pedir danos morais ao invés da asneira de desligar o site, porque o Google imediatamente identificaria o ID e mandaria bala e oficiais de justiça contra quem cometesse o ato.

Não há, ainda, no mundo, uma legislação que consiga controlar a internet. É muito difícil fazer isso porque depende de ação política em todos os países. Enquanto isso, qualquer medida como essa bobagem de desligar o site, é paliativa porque, se o video não estiver no You Tube, será repassado por e-mail, MSN, Skype, etc... ou será que vão fechar a internet por conta da trepadinha dela?

Túlio disse...

Não qualquer blog que tem acessoria jurídica, não. Nóis é phodda!!

Anônimo disse...

aqui, ocê já si isqueceu da famosa hipocrisia mineira?
então?
ela deu, agora diz que foi seduzida, que tava bebada, que não sabia que doía, que engravidava e que tinha paparazzo perto, esse povinho xereta que num dexa a gente nem trepá in paz.
na verdade essa onda toda é pra deixar pai mineiro em paz.
agora ele pode chegar e dizer: cês viro, minha fia quase fecha o tár de iourtubi.
a gente semos assim, seu túio, o que fazer?

Anônimo disse...

Tulio,

Eu fico aqui esperando a Campanha hilaria contra a Dengue.

Anônimo disse...

Túlio, meu filho, esse é o malabar da vez. E ela conseguiu: apareceu em tudo quando foi jornal ontem.

Anônimo disse...

Tulio,

Estou completamente de acordo com os comentarios que estão aqui.

Mas pode ser que a "talzinha" esta precisando de dinheiro e utiliza meios como este, pra fazer a FAMOSA PUBLICIDADE NEGATIVA.

A publicidade negativa tras inevitavelmente, contratos.

No caso dela, com certeza havera proposições ao "gosto" da PORNOGRAFIA!!!

Anônimo disse...

Às vezes eu me pego pensando: pra que que eu estudo tanto na vida?

Anônimo disse...

Shirlei,

Sabe porque voce estuda tanto?

Para nao ter que pagar um "mico" desse.

Anônimo disse...

Verdade, Shirlei, a Malu tem todíssima razão. Quem não consegue ser nada na vida vai malhar os glúteos.

Túlio disse...

Acho que vou malhar meus glúteos...

Anônimo disse...

Humm, Túlio, eu não chegaria a tanto. Ontem mesmo tinha um papo-cabeça relâmpago com dona Shirlei, e dizia que estou cansada de lidar com textos, que prefiro fazer algo com as mãos. Estou quase me entregando à futilidade do mundo. Fazer bijus, lata de lixo decupada, sabonete decorado, qq. coisa assim. Enfim, gêneros de primeira necessidade, porque livros é coisa pra gente luxenta, e vende cada vez menos. Pelo menos aqueles com que lido.

Túlio disse...

Eu ainda compro livros...
Minha última aquisiçao foi há uma semana.

Anônimo disse...

Aí é que tá: eu sempre fui de comprar muitos livros, ter opinião sobre tudo que é autor. Atualmente, a grana não dá para livros - mesmo que eu ainda me recuse a abandonar os sebos. Não adianta, nem quem lê ou lia está mais interessado. Quer ver o vídeo da Cicca, quer ver ela deixar o vestido cair sem-querer e ela quer proibir um meio de comunicação de exercer suas atividades!!! Durma-se com um barulho desses!!!

Anônimo disse...

Shirlei, tem sebo que se acha. Desses você deve passar longe. Vá a sebos recém-montados. Eles ainda têm uma ingenuidade (pra não dizer inguinorança), e de repente você encontra um verdadeiro tesouro por 1 real.
Mesmo assim, estou começando a questionar hábito tão poeirento. Acho que só servirá pra fazer um papelão no dia do Fahrenheit 451.

Anônimo disse...

Aqui em Curitiba, é mais fácil encontrar livros mais baratos nas pontas de estoque das livrarias, que nos sebos, porque em algum momento eles viraram modismo e, claro, subiram seus preços às alturas.

Aqui e em Porto Alegre, ainda há os "brics", feirinhas onde pessoas põe livros à venda nas barracas, e onde é fácil encontrar coisas boas e raras a preços acessíveis.

Anônimo disse...

Adorei esses brics, Fábio. E quanto aos saldos (acho questou falando isso pela centásima vez - umas 50 só pra você) aqui em SP tem a Papelivros, e de vez em quando a gente acha algo bom no saldo. Só que outro dia pasei por lá, depois de longa hibernação, e vi que o mínimo da liquidação é 5 reais. Assim não dá, assim não pode! Quero a volta do livro a 1 real, já!

Túlio disse...

letícia,
Me conta a história do saldo?

Anônimo disse...

Como assim, seu Túlio?