quarta-feira, julho 30, 2008
Pra mulherada do blog
Filho do historiador Sergio Buarque de Hollanda, morou em São Paulo, Rio e Roma durante a infância. Desde criança teve contato em casa com grande personalidades da cultura brasileira, como Vinicius de Moraes (que viria a se tornar seu parceiro), Baden Powell e Oscar Castro Neves, amigos dos pais ou da irmã mais velha, Miúcha, também cantora e violonista.
Em 1964 começou a se apresentar em shows de colégios e festivais e no ano seguinte gravou pela RGE o primeiro compacto, com "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval". Desde então não parou mais de compor e se apresentar, participando de festivais internacionais de música, atuando no programa O Fino da Bossa, da TV Record.
Ainda em 65, musicou o poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, que fez enorme sucesso no Brasil e na França, para onde excursionou, arrancando elogios até mesmo do poeta João Cabral, que admite só ter autorizado a utilização do poema por amizade ao pai de Chico.
Com o Festival de Record de 1966 tornou-se conhecido no Brasil inteiro por sua música "A Banda", interpretada por Nara Leão, que conseguiu o primeiro lugar (empatada com "Disparada", de Geraldo Vandré e Theo de Barros).
Sua participação em festivais foi definitiva para a consolidação de sua carreira. Fez sucesso com "Roda Viva", "Carolina" e "Sabiá", e defendeu ele mesmo suas músicas "Benvinda" e "Bom Tempo". Lançou LPs no fim da década de 60, fazendo shows na França e Itália, onde morou por aproximadamente um ano.
De volta ao Brasil, fez música para cinema e gravou um de seus discos mais bem-sucedidos, "Construção". Várias de suas composições e peças de teatro tiveram problemas com a censura na época da ditadura militar, e chegou a usar o pseudônimo Julinho de Adelaide para assinar algumas de suas músicas, como "Acorda, Amor".
No teatro, escreveu "Gota D''Água" com Paulo Pontes, e a "Ópera do Malandro". Como escritor, lançou em 1991 o romance "Estorvo" e, quatro anos depois, "Benjamin". Depois disso voltou a dedicar-se à música, lançando "Paratodos" em 1993 e "as cidades" em 1999, ambos com amplas turnês pelo Brasil e exterior.
Em 1998 foi enredo da Mangueira, que ganhou o desfile daquele ano. Em 2001, Chico lança o DVD “As cidades”. Além do show "As Cidades", filmado em película, o especial traz cenas captadas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Entre as participações especiais estão Jamelão, a Velha Guarda da Mangueira e Maria Bethânia.
O CD Duetos é lançado em 2002 e reúne 14 das mais de 200 participações de Chico cantando com outros artistas. Participaram do CD: Marçal, Ana Belén, Nara Leão, Zeca Pagodinho, Sergio Endrigo, Nana Caymmi, Johnny Alf, Pablo Milanés, João do Vale, Dionne Warwick, Miúcha, Tom Jobim e Elba Ramalho.
O DVD “Chico ou o país da delicadeza perdida” é lançado em 2003. Neste trabalho, Chico Buarque estreou para a televisão francesa em 1990. Após 8 anos sem gravar um disco de inéditas, Chico Buarque lança o CD “Carioca” em 2006. São 12 faixas, algumas em parceria com ao artistas Edu Lobo, Ivan Lins e Tom Jobim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Eu sou fã e pronto. Se ele é fedorento, comunista ou tem tendências depressivas eu não sei, nunca estive tão próxima para constatar. O que posso dizer é que suas músicas me tocam profundamente...poderia ouvir só a obra dele pro resto da vida que, ainda sim, seria um carrossel de sentimentos: choro, suspiros, esperança, tristezas, alegria, diversão, porra-louquice, seriedade. Não era nascida quando as peças que escreveu foram montadas, mas assisti as recentes remontagens de "Ópera do Malandro" e "Gota D´água" e mesmo com as diferenças orçamentárias entre elas (a primeira uma super produção com atores consagrados e a segunda com um grupo de novos atores cariocas) chorei com as duas. (ok, eu sou chorona mesmo admito). Do Chico escritor, li apenas "Budapest". Não é o melhor livro que li na vida, mas não posso dizer que não me identifiquei em vários momentos com o personagem principal que escreve textos para outros assinarem (li na época que era estagiária e trabalhava com assessoria de imprensa).
Enfim, para mim ele é ídolo mesmo. Só não digo que é o maior porque Vinícius de Moraes tá ali, do lado dele no meu coração.
Cadê o chapéu dele?
Na verdade, minha implicância com ele não tem relação com sua obra.
Embora eu não goste de 99,9% de suas músicas e tenha achado "Estorvo" um dos piores livros já escritos (não passei do terceiro capítulo de tão insuportável), acho que isso tudo é questão de gosto, e gosto, bem diz o povão, não se discute.
Minha implicância é apenas e tão somente porque ele se diz "comunissshhta" mas cobra 200 pilas por ingresso nos seus shows. Daí é moleza ser comunista, como o Oscar Niemeyer, que também se diz isso, mas ganha milhões de reais em obras públicas que quase sempre não servem ao povo.
E se ele é bonito e faz as mulheres suspirarem, melhor para ele...
Idem com batatas, Fábio.
E não posso negar, ele é bonito. Meu ex andou fazendo alguma gravação com ele não sei quando, e diz que Chico é o homem mais bonito que já viu. "Mais bonito" eu não digo, mas quem sou eu pra discordar?
Bom... nesta vida tem gosto prá tudo, né? Até prá comunista de meia tigela...
:)
Postar um comentário