Luis Inácio levantou-se e saiu correndo pelos corredores do palácio, até chegar ao quarto, onde outra surpresa o esperava.
Chegando lá esbaforido e com pequenos hematomas causados pelos tropeções e quedas da rápida corrida entre a biblioteca do palácio e seu quarto, eis que depara com uma figura rotunda de boné desajeitado na cabeça, camisa do Corinthians, barbas negras desgrenhadas, um sorriso até simpático e uns olhos zombeteiros.
- Quem é ocê? Se bem que mi parece familiar...
E o corinthiano abre um grande sorriso e se apresenta:
- Luiz Lulla prizidenti, sou grandi ademirador seu!
- Cacete! Cumé que ocê entrou aqui? Tem dias quem nem a Mariza passa pelo portão sem confundirem ela com a Miria, minha ex-galega que eu mandei ficar à distância!
- Sei não... eu fui entrano sabe! Encasquetei que ia conhecê meu prizidenti oje, falei pra Marizia, a minha galega, que consiguiria iço nem qui precizasse mi fantaziá de baiana! E por ondi eu paçava todo mundo me oiava e dizia, banoite seu prizidente pra cá, ba noite incelência pra lá... Não que eu axe estranho sabe, eu sô prizidenti di alto iscola e...
- Pé-pé-pé-paralá! Confundiram ocê com ieu?
- Axo que sim prizidenti, mas o sinhô num notou que nóis é mesmo meio parecido?
- Pois não é qui é mesmo? Tu é corinthiano, usa barba, tem a mesma voiz aveludada que a minha e, incrível, falta um dedo na sua mão!!!
- Perdi trocano um peneu de uma jabiraca da minha alto iscola.
- E até essa barriguinha de cerveja!
- Falando niço seu prizidente... esse copo na sua mão é di birita?
- É, bem... melhor ocê num beber iço, nem imagina o fogo que me deu. Mas... UFAAAA!!! Ocê num vai entender nada, mas eu jurava que você podia ser o tal fantasma metalúrgico do passado que veio me visitá agora poquinho, feiz umas ameaça pior que as dos tucano do peessedebê.
- Que é iço prizidenti, eu lhe amo-lhe... no bom sentido porque meu negóssio é galega e Marizia é ciumenta pa dedéu!
- Macumé que ocê veio parar justamente aqui no meu quarto?
- Pois é... bem, como eu dice, tava entrano numa boa, sinhor prizidenti pra cá, incelência pra lá até que a dona Marisa, sua galega, me encontrou e soltou um grito bravo pra caramba, até batendo com os pé no chão e mi dizendo: - Luis, onde já de viu Luis!!! Um home na sua posição andando pra cima e pra baixo com essa camisa do Corinthians que o Zé Dirceu te deu no paulistão de 82? E ece bafo de birita e essa barba por aparar? Vai já pro quarto dar um jeito niço que daqui há pouco nossa amiga Marta chega aqui e ela é chique, não vou deixar ver ocê acim não.
- Essa galega!... resmungou Luis Inácio enquanto procurava em vão alguma coisa para molhar a garganta...
e o corintiano continuava sua explicação:
- Tentei ixplicá pra ela que ieu era ieu e num era ocê, era ieu, mas ela ameaçou pegar uma daquelas escultura da sala di estar e dar no meu kengo que eu vim pra cá... e levei até sorti, incontrei o sinhô aqui logo dipois qui entrei, era o sonho dorado da minha vida conhecê o sinhô, seu prizidenti!
- Tá bem...tá explicado...não ligue para a Mariza tá? Ela anda demais com a Marta e to achando isso um saco, prefiria minha galega que não discutia essas coisa de moda e feminismo e esses papo sobre sexo que mi constrange... discurpe por ela!
- Ta bão seu prizidenti.
- Mas óia seu Luiz, gostei do sinhor, vamo tomá umas birita que, falando sério, pensei que o senhor fosse o tal fantasma que falei e...
- Ahhh...discurpe seu prizidenti, não queria sustar ninguém... mas, de dá um atógrafo?
- Dou sim, Luiz! Você é dos meu! É do povo e nunca antesh, na hisshtória deshte pa...
- Ahhh..tá bom seu prizidenti, não vamo entrá em dircurço não, o sinhô ta cançado, trabaia muito, me dá seu atógrafo qui prometo que do no pé e...
- Tá bem! Tá bem! PQP, todas as vezes que o papo começa a ficar bão vai todo mundo imbora. O Tarso, a Dilma, a Marta e até a Mariza, todo mundo fais a mesma coisa!!! Tome aqui seu atógrafo numa foto minha, se o sinhor não tivesse aqui neça situação esquisita eu chamava o fotógrafo do Planalto mas deixe seu endereço, prometo qui na próxima campanha eu paço por lá e chamo o sinhôr pro palanque!
- Brigado seu prizidenti, muitcho honrado!
- Que é isso Luiz! Olha, pegue essi corredor aqui e vai até o fim dele pela cozinha que vai incontrar a saída sem topar di novo com Mariza... ai de mim se ela te vê e mi confundi contigo di novo, vô levá mais cascudo qui quando fiz um galanteio pra Luiza Erundina.
E Luiz Lulla se foi, todo orgulhoso do autógrafo do seu sósia, que ele prometeu colocar num quadro para ostentar na entrada da auto-escola.
E Luis Inácio olhou em volta, entrou no closet, e pegou uma garrafa de 51 que escondia de Mariza junto dos sapatos e bebeu com calma uma talagada abundante.
- Eça é que é da boa!
E depois deitou-se aliviado. Foi um sonho, pensou ele.
- Não tem fantasma metalúrgico nenhum, foi aquele maldito whisky produzido em São Paulo que fez o estrago. Tudo que vem de São Paulo mi causa dor di cabeça, é os eleitor do Collor, o FHC o Serra...
E entre devaneios e lembranças boas e ruins, adormeceu daquele jeito mesmo...
Chegando lá esbaforido e com pequenos hematomas causados pelos tropeções e quedas da rápida corrida entre a biblioteca do palácio e seu quarto, eis que depara com uma figura rotunda de boné desajeitado na cabeça, camisa do Corinthians, barbas negras desgrenhadas, um sorriso até simpático e uns olhos zombeteiros.
- Quem é ocê? Se bem que mi parece familiar...
E o corinthiano abre um grande sorriso e se apresenta:
- Luiz Lulla prizidenti, sou grandi ademirador seu!
- Cacete! Cumé que ocê entrou aqui? Tem dias quem nem a Mariza passa pelo portão sem confundirem ela com a Miria, minha ex-galega que eu mandei ficar à distância!
- Sei não... eu fui entrano sabe! Encasquetei que ia conhecê meu prizidenti oje, falei pra Marizia, a minha galega, que consiguiria iço nem qui precizasse mi fantaziá de baiana! E por ondi eu paçava todo mundo me oiava e dizia, banoite seu prizidente pra cá, ba noite incelência pra lá... Não que eu axe estranho sabe, eu sô prizidenti di alto iscola e...
- Pé-pé-pé-paralá! Confundiram ocê com ieu?
- Axo que sim prizidenti, mas o sinhô num notou que nóis é mesmo meio parecido?
- Pois não é qui é mesmo? Tu é corinthiano, usa barba, tem a mesma voiz aveludada que a minha e, incrível, falta um dedo na sua mão!!!
- Perdi trocano um peneu de uma jabiraca da minha alto iscola.
- E até essa barriguinha de cerveja!
- Falando niço seu prizidente... esse copo na sua mão é di birita?
- É, bem... melhor ocê num beber iço, nem imagina o fogo que me deu. Mas... UFAAAA!!! Ocê num vai entender nada, mas eu jurava que você podia ser o tal fantasma metalúrgico do passado que veio me visitá agora poquinho, feiz umas ameaça pior que as dos tucano do peessedebê.
- Que é iço prizidenti, eu lhe amo-lhe... no bom sentido porque meu negóssio é galega e Marizia é ciumenta pa dedéu!
- Macumé que ocê veio parar justamente aqui no meu quarto?
- Pois é... bem, como eu dice, tava entrano numa boa, sinhor prizidenti pra cá, incelência pra lá até que a dona Marisa, sua galega, me encontrou e soltou um grito bravo pra caramba, até batendo com os pé no chão e mi dizendo: - Luis, onde já de viu Luis!!! Um home na sua posição andando pra cima e pra baixo com essa camisa do Corinthians que o Zé Dirceu te deu no paulistão de 82? E ece bafo de birita e essa barba por aparar? Vai já pro quarto dar um jeito niço que daqui há pouco nossa amiga Marta chega aqui e ela é chique, não vou deixar ver ocê acim não.
- Essa galega!... resmungou Luis Inácio enquanto procurava em vão alguma coisa para molhar a garganta...
e o corintiano continuava sua explicação:
- Tentei ixplicá pra ela que ieu era ieu e num era ocê, era ieu, mas ela ameaçou pegar uma daquelas escultura da sala di estar e dar no meu kengo que eu vim pra cá... e levei até sorti, incontrei o sinhô aqui logo dipois qui entrei, era o sonho dorado da minha vida conhecê o sinhô, seu prizidenti!
- Tá bem...tá explicado...não ligue para a Mariza tá? Ela anda demais com a Marta e to achando isso um saco, prefiria minha galega que não discutia essas coisa de moda e feminismo e esses papo sobre sexo que mi constrange... discurpe por ela!
- Ta bão seu prizidenti.
- Mas óia seu Luiz, gostei do sinhor, vamo tomá umas birita que, falando sério, pensei que o senhor fosse o tal fantasma que falei e...
- Ahhh...discurpe seu prizidenti, não queria sustar ninguém... mas, de dá um atógrafo?
- Dou sim, Luiz! Você é dos meu! É do povo e nunca antesh, na hisshtória deshte pa...
- Ahhh..tá bom seu prizidenti, não vamo entrá em dircurço não, o sinhô ta cançado, trabaia muito, me dá seu atógrafo qui prometo que do no pé e...
- Tá bem! Tá bem! PQP, todas as vezes que o papo começa a ficar bão vai todo mundo imbora. O Tarso, a Dilma, a Marta e até a Mariza, todo mundo fais a mesma coisa!!! Tome aqui seu atógrafo numa foto minha, se o sinhor não tivesse aqui neça situação esquisita eu chamava o fotógrafo do Planalto mas deixe seu endereço, prometo qui na próxima campanha eu paço por lá e chamo o sinhôr pro palanque!
- Brigado seu prizidenti, muitcho honrado!
- Que é isso Luiz! Olha, pegue essi corredor aqui e vai até o fim dele pela cozinha que vai incontrar a saída sem topar di novo com Mariza... ai de mim se ela te vê e mi confundi contigo di novo, vô levá mais cascudo qui quando fiz um galanteio pra Luiza Erundina.
E Luiz Lulla se foi, todo orgulhoso do autógrafo do seu sósia, que ele prometeu colocar num quadro para ostentar na entrada da auto-escola.
E Luis Inácio olhou em volta, entrou no closet, e pegou uma garrafa de 51 que escondia de Mariza junto dos sapatos e bebeu com calma uma talagada abundante.
- Eça é que é da boa!
E depois deitou-se aliviado. Foi um sonho, pensou ele.
- Não tem fantasma metalúrgico nenhum, foi aquele maldito whisky produzido em São Paulo que fez o estrago. Tudo que vem de São Paulo mi causa dor di cabeça, é os eleitor do Collor, o FHC o Serra...
E entre devaneios e lembranças boas e ruins, adormeceu daquele jeito mesmo...
9 comentários:
Ué, cadê a Pata, a Tita, a Tati, a Lets, a Malu...
Vivi, tô esperando seu texto também.
Prizidente de altoiscola, que felicidade! Olha aí, Luis, o que você conseguiu! Boa, Fábio, agora o Nobel de Literatura virá! Agora vai!
Se cuida Grazi Massafera!
Bigue Bróder, aí vol eu!!!
E depois vai posar para a Platboy?
Passaram - se as horas e o dia amanheceu...Luiz Inácio continuava deitado em sua poltrona, quando Mariza chegou olhou a cena e disse:
- Luizzzzzzz! Que vergonha! Bêbado de novo!
Ele, com uma ressaca terrível, só conseguiu olhar de revesgueio para Mariza!
Mariza viu a situação, foi até o frigobar e pegou uma lata de Kaiser...pensou: Dizem que cerveja cura a ressaca! Toma isso Homi!! Hoje tu vai ter que falar com o Bush!
Luiz Inácio tomou a cerveja e automaticamente levantou...tomou banho colocou seu traje de praticar esportes e foi fazer sua corrida matinal!
Mariza ficou sentada na varanda tentando ler um livro do tio patinhas...fazia tempo que não tentava queria parecer culta para conhecer a primeira Dama dos EUA! Pensou ela: Patinhas e dos Estaites...vou ficar bem na foto!
Lula fazia sua corrida, com dor em todo o corpo...meio manco e parou não agentou...começou a caminhar lentamente entre os arbustos do Jardim do Planalto....os arbustos começaram a crescer e ele disse: Meu Deus...não curei ainda! Eis que quando Luiz Inácio está apertado entre os arbustos surge uma luz forte do meio deles!
Era uma nave espacial! Dela desceu José Serra....seu pesadelo!
É isso que consegui produzir até o momento....rsrsrs beijos
Pus óia seu Túlio,
Pra Pleyboy eu nem sei, pusque é revista masculina.... mas se mi convidarem pra Globo Rural é serteza!
E o fantasma do natal presente, Letícia?
Tá...eu saí pela tangente, mas alguém tem que continuar a estória e atender aos reclames de Chales Dickens.
Espera aíiiiiiiiiiiiiiiiiii
está quase saindo, estou fazendo o presente.
publica a da Tita que eu ja ja meto aí.
tiauuuuuuu
Preciso colocar teu link lá em casa....beijos
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