segunda-feira, dezembro 22, 2008

Dingou béus, dingou béus...

A todos os meus amigos reais e virtuais (Malu, Lets, Vivi, Fábio, Palhaço, To
m, Ricardo, Julia, Shirlei, Leitora de Blog - esqueci alguém? - ...), e aos demais visitantes eventuais, meus votos de boas festas, feliz natal e um excelente
ano novo.

Tudibão proceis!!!!!

QUACK!!!!!



domingo, dezembro 21, 2008

O Natal de Suzana - XVIII - Final

Suzana deu folga pra criadagem. Afinal, eles tinham de ir pra casa e fazer suas próprias ceias.

Suzana se viu num mato se cachorro, pois já havia comunicado à família em junho que passaria os festejos natalinos ao lado do seu mozão. 

Na ocasião a família estranhou, porque não era esse o hábito. Lamentou a ausência da vovó. Por outro lado, ficou aliviada porque o mozão da vovó começava com inconveniências depois de certa hora: bebia além da conta, reclamava do pedaço do peru que lhe cabia, começava a fazer gracejos às mulheres presentes e patinava em seu palavreado chulo. Teve uma vez até que passou a mão na bunda da nora de Suzana. A nora ficou indignada e falou com o marido, que, muito diplomático, pediu para que Marcelo se retirasse. Mas logo resolveu botar panos quentes, porque tal situação poderia atingir vovó, que não levava desaforo pra casa, e ele não queria ser o pivô de um problema familiar. Sua esposa ficou tiririca da vida, mas ele contornou a situação nas noites seguintes. 
Além de tudo, havia um problema técnico-logístico: o apartamento do filho é muito pequeno, e havia um só banheiro, ocupado insistentemente por Marcelo durante toda a noite, impossibilitando, assim, que as demais pessoas pudessem usá-lo. Uma vez, inxcrusive, a família apelou à boa-vontade do vizinho, que os atendeu esfregando a língua em um dos dentes, tentando se livrar de uma fibra de peru. Não estava lá com muito boa-vontade, e a situação foi constrangedora.

Mas, como família é família, e diante da tragédia aliviadora que se abateu sobre vovó, refizeram o convite. Suzana, que tropeça mas não cai, disse em tom desaforado que já havia sido chamada pelo Presidente da República e espôôôusa (que não perde uma novela sua) pra passar a noite de Natal na Granja do Torto. 

- Mas mamãe, creio que a senhora se sentirá mais confortável passando o Natal com sua família, com seus netinhos adorados...

- Não, meu filho... Deixa sua mãe purgar seus problemas. Estou tão achacada com os últimos acontecimentos, com todo o mico que paguei, por ter imposto uma pessoa tão mal-educada pra vocês durante esse tempo todo, que acredito que será uma boa passar o Natal com gente de modos muito, mas muito piores que o do falecido.

- Mesmo assim você estará sozinha, mãe!

(ainda no telefone, olhando vingativa e friamente para o alto, meio de ladinho, com aqueles olhos cheios de rímel e lápis) - Não, não estarei não, meu querido. Estou ficando com um rapaz que conheci na churrascaria. Tá certo que ele tira carne dos dentes com o dedo, mas com o tempo isso se resolve. Deixa estar (franze os lábios redondos e cheios de batom dubom e desliga).

(Leticia)

quinta-feira, dezembro 18, 2008

sexta-feira, dezembro 12, 2008

extra extra extra

Já começamos a receber ameaças. O que segue me foi enviado por e-mail, pela saudosa Pata Irada. Leiam:


"A policia intensificou as suas operações para identificar e possivelmente prender os responsáveis dessa trágica tragédia.

Um grupo de indivíduos de um "certo blog" teria induzido o ex-Marcelo a cometer esse "aconticìdio".

A mais atual namorada, comentou que ele dava voltas na garagem "transtornado", depois de ler esse tal blog e dizia: "estou sendo perseguido". HãHã!

Dizem as testemunhas que foi uma verdadeira overdose e ele então resolveu cometer o aconticídio. De acordo com testemunhas que tiveram acesso a certidão de óbito da vítima esse não seria o real motivo da trágica tragédia. A causa da morte impressa no laudo é: "aguardando exames complementares".

O Ministério da Saúde adverte:AGUARDAR EXAMES COMPLEMENTARES... FAZ MAL À SAÚDE!"


Diante de tal informação, temos a declarar que: nós, Patos, não nos intimidamos. Continuaremos na luta, mesmo que seja em uma prisão de segurança mínima, na cela ao lado da do Daniel Dantas.

Avante Patos!!!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Parêntese da Leticia

Suzana hoje não está muito bem. Está num misto de chocada e magoada com o "aconticido".


Como acontece toda vez que fica deprê, manda chamar novamente Valeska, justamente no momento em que sua cabeleireira preferida tinha um tempinho só pra si, pra depilar a barba e fazer as unhas.


Enquanto Valeska não chega, Suzana chama por qualquer um:


Expediiiiiito! (que pode ser qualquer serviçal): Vai lá nos meus arquivos e me acha aquela cena de Duas Caras, do enterro do João Pedro, em que a Branca chama ele de verme! E marca hora para o bronzeamento, que quero caaaaaausar no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, vai! Rápido!

Corrigido sob coasão e sob protesto. Pechincha, mesmo errado, é mais interessante que Ricardo de Albuquerque...

Parêntese da Leticia

Suzana hoje não está muito bem. Está num misto de chocada e magoada com o "aconticido".

Como acontece toda vez que fica deprê, manda chamar novamente Valeska, justamente no momento em que sua cabeleireira preferida tinha um tempinho só pra si, pra depilar a barba e fazer as unhas.

Enquanto Valeska não chega, Suzana chama por qualquer um:

Expediiiiiito! (que pode ser qualquer serviçal): Vai lá nos meus arquivos e me acha aquela cena de Duas Caras, do enterro do João Pedro, em que a Branca chama ele de verme! E marca hora para o bronzeamento, que quero caaaaaausar no Cemitério do Pechincha, vai! Rápido!

O Natal de Suzana - XVII

- Suzana, não quero te preocupar ainda mais... Mas vi o Sr. Marcelo saindo de sua garagem com um cara lá de goiás que acho que já vi naquele programa da globo, onde se mostra a cara dos bandidos.

suzana revira os olhos e arfa, abrindo e fechando as narinas. ela aprendeu isso como técnica de interpretação e usava pra tudo. inclusive em uma ou duas novelas. ela diz:

"mas gente, a essas alturas, desde que recebi convite pra ir passar o natal na granja do torto, com o presidente, nada mais me incomoda. é a coroação de anos de trabalho. eu não sabia que a dona galega gostava tanto de mim! não tenho tempo pra me preocupar com marcelo. se ele ligar, diga que pode pegar a mesada com o expedito. ele sabe que já diminuí o valor. agora, com quem ele chega ou sái, não é mais de minha conta. quero é estar bem chique e gostosa na festa do presidente. filó, avisa minhas assessoras que quero fotos em todas as revistas. avisa àqueles paparazzi da siqueira campos também. são viados mas são todos meus amigos. ah, manda um relogio m.officer pra cada um. agora, deixe-me ver, qual é mesmo o telefone do ronaldo ésper? preciso de um vestido abafante!"

enquanto isso, marcelo segue pra barra com seu novo amigo. era um homem caladão, com roupas e botas de cantor sertanejo, mesmo no calor saariano do rio de janeiro. o pouco que disse é que era dono de duas televisões em goiás e queria o ex- pm como âncora de um talk show.

marcelo estava animado. era de manhã, quando ele chegou ao predio. o homem, estranhamente, pediu pra que ele não baixasse os vidros escuros. "fotofobia", disse ele. marcelo nem sabia o que era isso. mas, afinal, ali estava seu futuro. ele apenas piscou o farol para o porteiro, distraído com os travestis da avenida. um deles, o ex caso do jogador ronaldo. o carro entrou.

(tom paixão)

O Natal de Suzana - XVI

suzana lanca um olhar frio o que faz que Dr. Hermano imediatemente se cale.

-Meus queridos, reuni voces aqui para dar uma noticia e terminar com todo esse disse me disse sobre minha vida privada.

Nisso todos os reporteres se aproximam quase derrubando Dr. Progestene, que ainda nao havia terminado seu curso intensivo via internet: "Como aparecer bem diante das camara", "Como lidar com a fama".

Desajeitadamente Dr. Progestene tenta se posicionar atras de Suzana procurando disfarcar a calva. Suzana se irrita e diz:

-Saia ja dai Dr. Progestene!!!! A Global aqui sou eu! Eu sou a estrela desse filme voces sao somente meros figurantes. Entendeu!? Creuza, minha filha! Retoque meus labios e meus cilios... Valeska, meu lindo!! Quero meu cabelo igualzinho a comercial de shampooooooooooooo!!!!!Hahahahahahahahahahaha!!!!!-E ai, meus lindos, nao estou ma-ra-vi-lho-sa!!! Esse vestidinho "Versatxi" nao fica lindo com essas sandalias havaianas. Li que a Gisele, sabe a "Binxen" gosta de usar havaianas, entao eu vou usar tambem porque eh "xique". Bom agora vamos a sessao de fotos. Podem fotografar bastante. Nao se esquecam do meu melhor angulo, photoshop nem preciso. Minha humildade de faz assim maravilhosa. Bom, agora chega!!! Declaracao: -Nesse Natal, tirarei ferias prolongadas. Embarco hoje um "cruise" e retorno ao Brazil somente daqui um ano. Vou passear pelo mundo em busca da felicidade, encontrar amigos, familia... Deixo Dr. Hermano tomando conta de todos os meu negocios nesse periodo. Quem me deu "esse" presente!?Acredite ou nao, na noite passada recebi a visita do Papai Noel, aquele bom velhinho barrigudo, de barbas branca que veste roupas vermelha. Sim, ele existe, basta que procuremos e estejamos disposto a encotra-lo dentro de cada um de nos.

p.s.: pelo menos na ficcao um final feliz, afinal eh Natal e eu ainda acredito no bom velhinho.
Se vcs nao concordarem podem trocar. Beijos.

(Malu)

Extra! Extra!

Sinistro...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

O Natal de Suzana - XV

Progéstenes, antes de se formar advogado e ter feito concurso para delegado, foi colega de academia de Polícia do Marcelo. Aprenderam juntos a lidar com as "adversidades" do dia a dia e assim, ficaram amigos. Sempre diziam que um dia, se continuassem malhando, com o corpo nos "trinques" iriam arrumar alguma coroa rica para, enfim, terem a vida digna que mereciam.

Ao receber a ligação solicitando sua presença na casa de Suzana aquilo lhe soou como uma intimação. Não gostava nada de participar dos mimos daquela velha desvairada. Fazia vista grossa para seus devaneios em nome da amizade que tinha com Marcelo. Sempre lembrava daquela vez que Marcelo espancou uma prostituta no motel e para tentar abafar o caso ganhou do amigo uma Magnun 357 cromada.

- Cabo!!! Cabo Romoildo!!! Ta me ouvindo rapaz!!! Pega as chaves da viatura que você vai a um lugar comigo! (Gritou Progéstenes ainda com o palito de dentes remanescente do almoço sambando em sua boca).

Chegando ao apartamento da Dona Suzana a cena que ele viu deu frios na espinha. Parecia o Set daquele filme pornô gay do qual participou, mascarado é claro. Holofotes ele contou 5. Fotógrafos tinha uns 3. Fora uma câmera filmadora toda bonitona com um grande decalque escrito "O Fuxico" que ele não entendeu muito bem.

Suzana está recostada no seu sofá de 7,35m no centro da sala de visita com um sorriso meio amarelo meio branco devido a um tratamento que interrompeu depois de ter clareado apenas os dentes de cima ("- Ficaram muito sensíveis, vou parar". Disse ela à época).

- Dr. Progéstenes, por favor, gostaria que o sr. estivesse presente para ouvir as declarações que preciso fazer. Meu adevogado está quase chegando. Por favor, espere. Sente-se nesta cadeira que ele me falou que em 5 minutos estará aqui.

- To bem aqui, Sra. Suzana. Espero o tempo que for preciso.

O advogado de Suzana rompe a porta que dá para o hall do apartamento com respiração ofegante e um olhar completamente fixo e esbugalhado.

- Ai meu Deus, o que houve querido. Senta aqui. Filóóóóó..... Um copo com água e açúcar pro Dr. Hermano pro favor. Rápido...

Recuperando um pouco do fôlego, mas ainda muito descontrolado ele olha bem para Suzana.

- Suzana, não quero te preocupar ainda mais... Mas vi o Sr. Marcelo saindo de sua garagem com...........

(Ricardo)

O Natal de Suzana - XIV

O que Suzana nao sabia era que o delegado Dr. Progestene havia grampeado todos os telefones dela.

Ele, Dr. Progestene tinha uma amizade de muitos anos com o dono da Revista Fofoca* e do Jornal Ultima Hora**.

Ele estava planejando passar uma temporada nas Bahamas e enviar os filhos para estudar no exterior com o dinheiro arrecadado com a venda das conversas privadas.

Caso Suzana tentasse processa-lo por "quebra de sigilo" Progestene ja tinha combinado com seu amigo Dr Sanctos, Juiz que havia lhe garantido que a Constituicao era "somente um papel", que os dois dividiriam a bufunfa arrecadada e a sentenca seria favoravel ao jornal e a revista. Progestenes pensava:

"Conversas privadas mesmo, por que essas relacoes dessa tal de Suzana sao um monte de mer**."

Suzana se estica o braco para alcancar o celular, quase cai, efeito das plasticas, cada vez que movimenta rapidamente o braco as pernas se movimentam tambem. Ela precisa lembrar disso e ser mais cuidadosa.

Ela necessita urgentemente a presenca de Creuza, sua maquiadora, Valeska, seu cabeleleiro, afinal ela iria aparecer nas paginas das revistas mais importantes da atualidade, a "Biblia" dos descolados. Se voce nao ler Caras e Contigo jamais podera ser considerado uma pessoa informada ou intelectualizada, pena que o povo brasileiro nao entende isso pensava Suzana.

Ela ja nao conseguia controlar seus pensamentos."Irei matar de inveja aquelazinha e aquele traste. Anunciarei minha lista de presentes de Natal. Coisas bem simples. Esse anos darei somente gifts, eh mais chique.

Para o meu bisneto de 1 ano***

-1 IPhone;
-1 PS3
-1 DS2
-1 Guitar Hero 3
-1 Passeio na Disney
-1 Carro Eletrico

E assim ela seguiu fazendo a lista de "gifts"...

p.s. * nao conheco nome de revistas de fofocas, aqui tem umas que sao piores que a Contigo;
** Jornais tb desconheco, sei que tem uns q sao especializados em fofocas;
*** licenca poetica

(Malu)

terça-feira, dezembro 09, 2008

O Natal de Suzana - XIII

Suzana fica pensativa com relação ao bilhete. O presente pouco importava para ela, afinal para quem já tem tudo da vida...

Abre a gaveta do criado que fica do lado que Marcelo usava da cama e olha atentamente para o Calendário Pirelli pensando: "Já é dia 09, não comprei nada ainda para meus filhos, netos, bisn...."

Triste, cai-lhe a ficha de que não existe mais Marido em sua lista infindável de possíveis beneficiados de sua humilde caridade anual.

Filó faz uso de um andador (herança da 37ª operação da Suzana) para suportar o incômodo da perna inchada após o quase atropelamento. Se equilibrando sobre as sapatilhas pretas escorregadias (parte fundamental de seu uniforme, as quais a patroa fazia questão que usasse), leva o chazinho de camomila à suíte máster.

A cena que encontra lhe parte o coração.

Suzana folheava um caderno cheio de fotos e números (era o bendito calendário) em frente ao espelho e repetia as posses das beldades ali retratadas como em uma competição de Miss Universo. Suzana leva um susto:

- Credo Filó... Que que você está fazendo aí parada, parece uma múmia.

- Mas senhora, to trazendo o chá que fiz pra senhora.

- Me conta tudo o que o canalha te disse????

- Disse nada não. Ele mais chorô que falô qualquer coisa. Agora, no fim do corredor, perto da escada de seuviço tinha uns dois homi com cara de mau. Se fosse na Rocinha eu diria qui eram do movimento, mais aqui, sei não...

Suzana liga para a portaria do prédio, que por norma do condomínio deveria identificar qualquer visita:

- Seu Pereira, o senhor poderia me dizer quem eram essas pessoas que o Senhor deixou subir sem serem anunciadas?

- Dona Suzana, vai me dizer que a senhora já esqueceu quem é o Dr. Marcelo?!?!?! A senhora está com Alzheimer também?!?!?!?! Coitada.....

- Para com isso seu Pereira, não é nada disso. Quem subiu com aquele cafajeste???

- Aaahhhh, a senhora ta dizendo os outros dois moços. Eles falaram que vieram buscar os documentos da moto que o Dr. Marcelo vendeu pra eles...

Silêncio na ligação....

Suzana desliga o interfone sem se despedir do porteiro. O presente que tinha dado ao Marcelo, um mimo de R$ 60.000,00 que ele fez questão que ficasse em nome dela (mal sabia ela que a intenção dele era não receber pontos na carteira de habilitação) já estava a perigo.

- Filóóóóóóóó..... Chama meu advogado e o delegado Dr. Progéstenes aqui em casa agora!!!! Aproveita e liga para a Contigo e Caras.... Tenho declarações a fazer........

(Ricardo Andrade)

O Natal de Suzana - XII

Quando Suzana entra gritando apartamento adentro encontra uma figura rotunda de olhos esbugalhados, vestido de papai-noel, com uma grossa barba postiça a esconder a face.

- Ma...o catzo! O que isso significa??? Cadê meus seguranças, MEU DEUS, vou ser seqüestrada, vou parar nas páginas policiais de vez agora, já não bastasse aquele fdp do car... do Marcelo, e agora isso!!! Fale logo! Aliás, me leve, não vou resistir, só não agrida o meu rosto, não quero aparecer em Caras com olho roxo!

- Não ofende Su!

- (Em estado de chilique to-tal): Oqueeeeeéee!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Oquevocêtáfazendoaquiseumiserávelfiodaputadumafigadocaralho??? Filoméeeennaaaa!Filoméeena!!! Severíiino!! Seguranças! Polícia! RevistaContigo!!! Quem estiveraírápidooooooooooooooooooooo!!!! (desmaio)

E nos devaneios do sono forçado em que entrou, Suzana viu-se em uma linda festa na Ilha de Caras, acompanhada de Catherine Deneuve, Fernanda Montenegro, Angelina Jolie, Brad Pitt, Meryll Streep, Sean Connery, e outras tantas celebridades, tudo regado a muita champagne e ensaios fotográficos que fariam parte da edição especial de Caras em homenagem ao seu aniversário.

E quando Pedro Almodóvar foi em sua direção dizendo ter um filme maravilhoso em mente e querendo lhe fazer uma proposta, eis que a voz dele muda de modo estranho para um “Oh! Oh! Oh!” de papai noel de loja popular e logo depois, com um timbre parecido com o da voz de Filomena:

- Dona Suzáaana?

E ela acorda ainda meio tonta, olha para Filomena e diz:

- Pedrito mio querido! Não faça voz de falsete, não fica bem em alguém na sua posição...

E Filomena sem entender patavinas, se limita a falar:

- Tirei ele daqui dona Suzáana! Falei qui a senhora não ta em condições de agüentar uma brincadeira dessas... daí ele se derramou em lágrimas, ajoelhou-se aos meus pés, disse que tinha trazido um presenti pra sinhora e que quiria pedir desculpas, e que sabia que a sinhora tem coração bom e que tem espírito natalino e que iria perdoá-lo!

- Quem? O Almodóvar?

- Não sei quem é esse tal de Almodova. A sinhora ainda ta meia tonta, vou providenciar um chá de camomila e sinhora já melhora.

Enquanto Filomena vai à cozinha, Suzana ainda tonta depara com um pacote de presente. Aos poucos ela cai em si, que não existiu festa nenhuma e que Almodóvar não estava lhe convidando, e que aquele era o pacote que o pulha trazia em mãos, vestido naquela horrorosa fantasia natalina. Ela não resiste a abre o pacote, encontrando um cinzeiro de motel barato, aquele da decoração de oncinha tão ao gosto do Ronaldo Fenômeno, com um bilhete:

"Meu amor! Estou enviando um presente que fiz com minhas próprias mãos, prova do carinho que tenho por você. Me perdoa! Não consigo mais viver sem você! Errei, me perdoa! Pense nos belos natais que passamos juntos em Paris e no Caribe. Me aceita de volta por favooooor!!!"

(Fábio Max)

segunda-feira, dezembro 08, 2008

O Natal de Suzana - XI

-Vou si minha filha. Qual o problema!? Logico que vou levar ela la pra cima.

-Expediiiiiiiitoooo!! Expediitooooooooo!! Cade voce meu filho? Vamo, pega logo esse trast... essa mulher no colo e leva ela la pra cima.

Suzana vira-se para a sindica e dispara a falar.

- Olha nem me venha falar dos problemas juridicos que voce diz que entende porque voce nao entende nada. Quem entende eh o seu marido. Entenda bem eu sou uma GLO-BAL, sou linda, loira, pago minhas contas e meus maridos e se nao fosse eu assim um poco de humildade diria que sou a melhor atriz da atualidade. Nao sou assim como "certas pessoas" que vivem no anonimato, casam e ficam casadas com o messsssssmo marido 30 anos, eu ja compr... casei mais de 30 vezes T-O-D-O-S eles, tirando aquele que me lancou para a fama, com menos da metada da idade do meu filho. TODOS apaixonadezimos. Sabe porque minhas relacoes afetivas sempre acabaram? Porque sempre mimei demais os meus maridos, era carro importado, joias, viagem, perfumes, roupas, cartoes de credito sem limite, mimos e mais mimos... logo eles ficavam sem ter o que fazer dai uma dessas oportunistas aparece e fica fazendo fofoca nos jornais.

Expedito havia subido com a pobre e colocado ela na cama, ligado a TV que naquela hora passava o programa matinal da Ana Maria Brega. O sonho secreto de Filo era ir trabalhar para Ana Maria, conhecer o Louro Jose. Sera que D. Suzana atenderia um pedido seu agora que ela tinha quase morrido, pensava Filomena.

Quando Suzana entra gritando apartamento adentro........

(Malu)

O Natal de Suzana - X

suzana quase se desespera. foi a primeira vez em que mal disse as várias plásticas. afinal, queria demonstrar para expedito e para a síndica que estava consternada com o infausto acontecimento com sua empregada. (tá, ela sabia que o politicamente e hipócrita correto mandava dizer secretaria do lar, que nem a ana maria braga ensinou. mas, porra, ela era mesmo a empregada da casa, caceta! "foda-se aquela loira falsa com aquele papagaio gay pedófilo", ela pensou.).

aliás, a síndica, que era gorda, disforme, cheia de liguajar jurídico e pose de ter amizade com políticos cassados ou em vias de, era uma cobra. mas suzana, com a força de ser uma global, a ignorava solenemente. até que ela tocou no calo:

"dona vieira (ela tinha o irritante modo de chamar a todos pelo sobrenome), a senhora vai tratar de sua empregada aqui?"

suzana fez um esforço sobre humano pra mostrar seu desagrado. e disse, voz gutural:

(Tom)

sexta-feira, dezembro 05, 2008

O Natal de Suzana - IX

A espera pelo jornal deixa Suzana inconsolável. Tentando passar o tempo ela resolve fazer seu exercício semanal para a memória. Nua, em frente ao espelho de parede inteira de seu quarto, tenta se lembrar de todas as suas cirurgias plásticas por ordem cronológica.

Quando a contagem de cirurgias atinge 57, Suzana não consegue mais se concentrar:

"Não dá. Não consigo. Preciso saber o que aquele cafajeste aprontou desta vez. Já ouvi desaforos demais só porque parei de pagar o Flat da mãe dele na Barra. O que ele ta inventado agora".

Ela passa a mão no roupão de seda chinesa (um mimo particular que ela "guardou" do figurino da última novela das oito) e vai rapidamente para a sala de seu apartamento tentando entender a demora da Filó...

Impaciente pega o telefone e, andando de um lado para outro da sala, liga para sua amiga mais próxima para saber se tinha alguma novidade sobre ela circulando por aí. Sua amiga é a Clô (apelido carinhoso que a amiga ganhou quando o irmão mais novo, colega de escola da Suzana, Clóvis Bornay* faleceu).

-Clô querida, tudo bem? Sou eu, a Sú!.

- Sú? Que Sú?

- Puta que pariu! Suzana Vieira aquela garotinha que te levou as alianças em seu casamento em 1923.

- Claro, Suzana tudo bem?

- Nada querida... Estou aflita com minha situação. Você ta sabendo de alguma novidade, alguma fofoca nova a meu respeito?

- Suzana minha flor. Já te falei pra não faltar às aulas de informática aqui do asilo. Pela internet você fica sabendo de tudo em primeira mão.

- Internet, eu sei, eu sei, meu neto já me disse isso. Não consigo, não entra na minha cabeça loira essas coisas de modernidade... Deixa pra lá, um beijo...

Enquanto se despedia de sua amiga e ainda caminhando pela sala do apartamento, ouve um ruído forte vindo pela janela. Lembrava o ruído que fazia de quando seu pai abatia um porco na fazenda. Correndo para ver o que era, deu para ver com seus 7,9º de hipermetropia, uma mulher estirada na rua, vestindo o uniforme de doméstica inconfundível comprado na Daslu a apenas 1 semana.

Filóóóóóóóó!!!!!!!! Nãããããoooooooooo!!!!!!!!


* Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, um dono de uma loja de jóias em Nova Friburgo. Na sua juventude, durante a década de 1920, descobre no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza.

(Ricardo Andrade)

Enquanto Suzana não vem

A crise... por um americano.

O sujeito é americano que se chama Marc Faber. Ele é analista de Investimentos e empresário. Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, ele encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado, não fosse trágico...

O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00.

- Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Wall-Mart, esse dinheiro vai para a China.
- Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
- Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
- Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.
- Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha.
- Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan e nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
- O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.

- Eu estou fazendo a minha parte...

Bem, ele só se esqueceu que a Budwiser agora é brasileira...

terça-feira, dezembro 02, 2008

O Natal de Suzana - VIII

filomena tinha uma irmã. as duas saíam em alas da unidos de são clemente. ambas eram portelenses roxas. mas nunca tiveram dinheiro pra comprar as roupas ("as rõpa", diria expedito). como o marido da irmã de filó tinha matado um cara que queria matar o bicheiro que comandava são clemente, elas ganhavam do agradecido chefão, o mimo das fantasias.

esmeralda, nome da irmã de filó, trabalhava como camareira num teatro que ela nunca lembrava o nome. às vezes elas apostavam quem apareceria primeiro na tv, por causa dos trabalhos delas. não é que a esmê, como a irmã era chamada, ganhou?

numa festinha na coxia de uma atrizinha que esmê nem achava com muito sal, o namorado da tal atriz, dado sei lá o quê, cheirou, bebeu ou fumou ou tudo ao mesmo tempo agora, surtou e tascou bolachas na cara da tal atriz. esmê passava pelo local, carregando uma toalhas cheias de um líquido branco viscoso, que recolhera no camarim da atriz. sem que visse de onde veio, tomou uma muqueta pela cara à fora e desabou no chão.

virou manchete em todos os jornais e sites no dia seguinte. quando ligou pra filó pra contar, disse: " eu fico com a boca toda doendo, de vontade de rir. mas meu adevogado, doutor mayer, disse pra eu ficar com cara bem triste que dá pra arrumar uns caraminguás. daí posso fazer aquele puxadinho e levar lahvynyah idelzuita pra morar lá em casa!".

tudo isso vinha à mente de filó quando se dirigia pra banca em busca do jornal pedido por suzana. absorta em seus pensamentos, não viu quando o carro fez a curva em alta velocidade. o sinal,(sinaleira, farol, semáforo), estava aberto para os carros.

(Tom)