O Meu Natal (e não o do partido que não ajudou em p**** nenhuma)
ou
Deixa o Homem Festejar
O meu natal comessou logo depois da minha VITÓRIA esmagadora nas urna. Depois da festa, já na cama, tirei com a unha do mindinho (o direito) um confeti que tinha caído no imbigo e comessei a me engrassá pro lado da Galega. Mas ela tava ocupada iscreveno naquele maldito diário.
- Marisa, daonde saiu o dinhêro presse diário? - perguntei fazendo um chiste (eu sou chistoso!!).
- Até tu, Lúlus? – Respondeu ela.
Eu não intendi. Daí a Galega me ixpricô que tava parafraseando o Júlio César. Depois, ela me ixpricou quem foi Júlio César. Depois, ela me ixpricou o que é “parafraseando”. Essa minha Galega é isperta. Acho que vou fazer um filho nela.
Por falar em filho, o Lulinha passou por aqui e reclamou da mesada, quer dizer, da verba publicitária que tava pouca. Fiquei injuriado e peguei logo o telefone:
- Hello?
- Companhêro Bush, me discurpe. É que eu fiquei injuriado e te liguei por ingano.
- Again? Are you stupid or what?
- Uóti, companhêro, uóti.
Não intendi nada. Mas desliguei na cara dele (quando eu tô injuriado eu fico assim: durão!) e liguei pro Gushiken.
- Presidente, eu não estou mais no governo. – disse ele.
- É mesmo? Eu não çabia...
Mas eu tava injuriado e mandei ele ligá pra quem tava no lugar dele (afinal, eu nem conheço o sujeito. Ia ficá com vergonha de ligá pra ele) e mandá aumentá a mesada, quer dizer, a verba publicitária do Lulinha. Esse menino é o Ronaldinho da publicidade. Se todo brasileiro foçe como ele... É muito orguio!
Logo depois eu e a Galega peguemo o AeroEu (quando não tem ninguém olhando, eu chamo de AeroMeu. É uma piadinha particulá, voceis num ia intendê.) e fumo simbora pruma praia particulá. Eu dei a idéia pra Galega de botá um maiô com uma estrelinha vermelha, que era pro pessoal do partido ficá mais tranquilo. A estrelinha era bem discreta, do tamanho da unha de um dedo mindinho (o direito). Depois que ela vestiu é que ficou daquele tamanhão. Marisa tava muito afoita e deçeu correndo pra areia. Eu fui atraiz, seguindo aquela estrelona. Me senti que nem um dos três reis magros, indo pra Belém.
Quando vortemo, já era ôtro ômi. Renovado e cheio de disposição, fui atraiz dos motivo que atravanca o Brasil. Depois de muito cavucá e muito pensá, descobrí! Chamei a corja e comuniquei aos companheiro minha discuberta:
- O que atravanca o país é a democracia!
Aquela maldita imprensa ouviu e publicou. Fiquei puto! Pricisamo inquadrá essa impressa! Onde já se viu? Publicar os fato assim, sem mais nem menos? Eu sô prizidenti porra! Pricisa me perguntá antes, pra vê se eu aprovo! Vou dar um jeito nisso logo. Os companhêro Chávez e Fidel falaro que vão me acessorá. E eu vô começá por um certo blogue aí. Me aguarde!
Discurpa. Tem veiz que eu exprodo assim. Mas é sempre por motivo justo. Continuando.
Um dia, eu tava no escritório triste, cabisbaixo (aprendi essa ontem e tava doido pra usá), quando a Galega entrou. Eu ixpriquei que tava em dúvida do que fazê pra continuar as festividade de natal. Ela, çábia como ela çó, sugeriu que juntasse a turma na Granja do Torto para um churrasco e uma pelada.
- Mas será que não vai ter pobrema? Essa istória de churrasco já deu merda... (disse eu poeticamente).
- Nada... Depois da sua vitória acachapante (ela me ixpricou depois) você pode fazer o que quiser, Pitoco (ela é tão carinhosa...).
Achei a idéia ótima. Aproveitei a dica e fui pra TV falá pra oposição calar a boca e só falá depois de 2010. Eles não ficaram muito contente. Mas comigo é assim!
Aliás eu queria çaber quem é esse Torto, dono da granja. Porque tanto preconceito? A maioria dos meus amigos têm a língua presa e nem por isso eu saio por aí falando deles. Tenho que lembrá de fazê uma Medida Provisória (quem precisa do Congreço?) pra mudá esse nome preconsseituoso.
E também não encontrei nenhuma galinha nessa tal granja. Acho que os governo paçado metero a mão ali e levaro todas galinha. Vou mandar a PF dar uma dura. Se apertar uma meia dúzia de jornalista aí, eles acaba falano.
Alguns dias depois, mandei convite pra quadrilha, digo, pra turma toda. Mas a festa não ficaria compreta sem os cumpanhêro Chávez, Morales e Fidel. Então mandei o AeroEu buscar eles.
A festa foi um çuss... um ssuçe... um çuçeço!!! Tava todo mundo lá, muito felizes e aloprados.
Jorge Lorenzetti, meu churrasqueiro prifirido, botou uma costela pra açar desde manhã. Nem precisou de carvão. O Jorge usou uns papél que corja, digo, a turma deu pra ele queimar. Pegou fogo que era uma beleza! Só achei engraçado porque Jorge isistia em dizê que o nome dele era João Corona, mas tenho serteza que era o Lorenzetti mesmo.
O Chávez e o Morales tavam num papo pra lá de animado, numa mesa no canto. Não sei o que eles tanto falavam porque toda ora que eu chegava perto, eles paravam de conversar. Mas de longe dava pra ouvir as risadas.
O Fidel não apareceu. Mas mandou um bilhetinho muito simpático, pedindo discurpa, mas que não dava pra vir porque estava morto. Mas também, ele não para um minuto! Vou te falar, viu: esse trabalha!!
A turma do PMDB, meus amigo de infância, também tava toda junta e bastante animada. Era a maior mesa da festa!! Eta turma unida! Um pouco gulosa, é verdade. A carne saía e passava primeiro pela mesa deles. Daí eles sempre ficavam como melhor pedaço. Mas tudo bem, porque sem eles era capaz da festa nem acontecer.
O Paloffi é que tava meio chato. Ficou o tempo todo mostrando pra todo mundo, no maior orguio, um sigilo bancário novinho que ele tinha acabado de quebrar. Eu não gosto muito de gente assim, que fica se mostrando.
Teve um momento que foi tão bunito, que até choro quando lembro. Alguém, não sei quem porque a segurança logo sumiu com ele, sugeriu pra gente fazê um minuto de silêncio em omenagem ao companhêro Celso Daniel. Foi tão bunito! Aquela roda, todo mundo em silêncio de cabeça baixa... Menos o Zé Dirceu. Acho que ele já tava meio de fogo porque não parou de dar risadinhas. Ele até tentava disfarçá, coitado, mas acho que deu alguma ziquizira nele.
Depois disso, o pagode comeu solto. Todo mundo cantando, fazendo coro. Tão bunito... Um gritava:
- E na cueca nada?
E todo mundo respondia ao mesmo tempo:
- Dólar!!!!
Aí chegou o Papai Noel. Veio de elicópitero da Marinha. Quando se trata de meus amigos, eu não economiso. O Chávez subiu num banquinho e fez um discurso contra o imperialismo americano e o Papai Noel. Mas eu sei que ele tava brincando. Afinal ele falou, falou, mas ficou com o presente que ganhou.
O Amigo Secreto foi o mais animado da istória desse país. Todo mundo ali, feliz, trocando favores, cargos, apoios para aprovação de emendas... Tudo na maior camaradagem.
Ganhei do Evo uma latinha de gáz preu encher meu isquêro. Ele disse que eu não merecia mais que aquilo. Um brincalhão! Eu vi quando ele deu uma piscadinha pro Chávez. Esses dois...
No final eu já tava prá lá de Bagdá que, como todo mundo sabe, é um país que nem parece africano de tão limpinho. Fui pra cama com a Galega, mas a festa continuou. O pessoal falou que a farra ficou ainda mais animada depois que eu virei as costa. É sempre assim...
Mas eu já combinei com a gang, digo, turma de repetir tudo no ano que vem.
Túlio
14 comentários:
E vc teve o atrevimento de dizer que não estava confortável para escrever né?
tsc...tsc...tsc!
Não minta mais assim, vai parecer o L...digo, alguém que "nois conheçemo"!!!
Parabéns pelo texto!
Letícia e Kizzi??? Cadê???
É! Cadê??
Adorei, é a cara do indigente. O qu eu mais gostei e vou usar daqui por diante é Aeromeu. Essa foi de lascar!!! O Lulla só viaja de Aeromeu!
Aí Túlio,
É certeza que amanhã e depois estarei aqui no seu blog escrevendo minhas bobagens habituais, se bem que todos os meus cumprimentos e parabéns são sinceros... que turma da pesada você reuniu aqui heim?
Mas quero, desde já, desejar FELIZ NATAL E ÓTIMO ANO NOVO para você e sua familia.
Abraço!
Vou me locupletar ilicitamente deste espaço, para também dirigir meus votos de boas festas para pessoas que só "vejo" por aqui:
Letícia,
Kizzi,
Malu,
Vivi,
Palhaço.
A todos, FELIZ NATAL E PROSPERO ANO NOVO!
Ô Fábio,
Não fui eu que reuni a turma aqui não. Como já disse desde o princípio, esse espaço não é meu, é nosso!
Faça uso a vontade. Comente, mande coisa pra publicar que você achar que não cabe no seu blog, use e abuse.
Aqui é o lugar pra falar bobagem!
Locupletemo-nos todos!!!
Túlio, estou rindo até agora "realizando" o telefonema. E ele bateu o fone na cara do outro porque lhe deu uns cinco minutos! Estou frouxa de tanto rir...... Muito bom.
Já vou deixando também beijão de Feliz Natal pra todo mundo! E um 2007 que não nos faça trabalhar tão exaustivamente. Pelo menos pra gente ter tempo e disposição de falar bobagem por aqui.
Feliz natal também Letícia e a todos que passam por aqui. Muitas bobagens virão!!
Túlio, também adorei. A única coisa triste do teu texto é pensar que não é ficção!
Como hoje começam as minhas férias no trabalho (minha coluna e minha tendinite agredecem) e eu não sei quando terei vontade de sentar a frente de um computador, quero aproveitar para dizer que meu mundo virtual ficou mais completo depois que conheci vocês. Minhas melhores "aquisições" de 2006.
Desejo um natal maravilhoso para todos e um 2007 seja fantástico!
Beijos
uma mendiga de estimação do reporti da grobo mandô feliz tudo de bom pra nóis tudo.
Eu vi essa história da mendiga de estimação. Ridículo!!
Feliz natal, Tom.
Tulio
Cara, que texto, estou me "matando" de tanto rir.
Voce estava preocupado com a qualidade do que voce tinha escrito? Quanta modestia!!!
Desejo um Feliz Natal a todos e que em 2007 continuemos nos "vendo" mais e mais, que nossa amizade virtual se extenda por muitos outros Natais!
Beijocas
Malu Campos
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