Polícia conclui que caso Celso Daniel não foi político
A polícia concluiu que não há provas de crime político no assassinato de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André seqüestrado e executado a tiros em janeiro de 2002. Elizabete Sato, delegada titular do 78º Distrito Policial (Jardins), mandou à Justiça e ao Ministério Público relatório de 5 páginas, no qual escreveu: "Os testemunhos trazidos ao procedimento nesta segunda fase ratificaram as participações dos indivíduos indiciados no primeiro inquérito policial, alguns até trouxeram uma suspeita aqui ou acolá sobre eventual crime político, todavia, suspeita sem a devida prova equivale a quase nada."
A delegada investigou o caso durante um ano. Ela foi escalada pela Secretaria da Segurança para apurar denúncias dos irmãos do prefeito, João Francisco e Bruno, segundo as quais Celso foi alvo de crime de encomenda porque teria decidido dar fim a um suposto esquema de corrupção.
Elizabete, quase 30 anos de experiência, concluiu em outubro o inquérito 781/2005: "Decorrido um ano desde a reabertura das investigações, passado o período da 'efervescência investigativa' que suspeitava de crime político, tese defendida pelo Ministério Público de Santo André e os irmãos da vítima, certo é que estes dois últimos não apresentaram, quer seja na CPMI dos Bingos, quer seja no inquérito policial, qualquer indício que redundasse em prova que pudesse dar sustentação à suspeita."
A delegada ressaltou: "A voracidade do Gaeco de Santo André sucumbiu diante da não-demonstração de outras provas." Gaeco é a sigla da unidade de elite do Ministério Público que tem a missão de combater o crime organizado. Os promotores do Gaeco estão convencidos de que Daniel foi morto a mando do empresário Sérgio Gomes, o Sérgio Chefe. Ele nega.
A delegada ouviu os sete pistoleiros presos sob acusação de terem sido os executores do prefeito. Eles confessaram o crime, como tinham feito na primeira etapa da investigação, conduzida pelo Departamento de Homicídios. Em sua avaliação, a única novidade foi a constatação de que L. S. N., o Lalo - na época do crime com 15 anos - , assumiu a autoria dos 7 disparos contra o prefeito 'por mando e coação' de José Edson da Silva, o Zé Edson, "este sim o principal executor do crime e indivíduo que exala violência e descomprometimento com a vida humana".
Ela dedicou um parágrafo a Dionísio Aquino, assaltante que o MP aponta como mentor do crime. Aquino havia sido resgatado de helicóptero de um presídio dias antes do seqüestro. Recapturado, ele acabou morto a golpes de estilete na Detenção Belém 2. "O elemento principal para o deslinde completo do caso talvez tenha levado consigo as informações preciosas que poderiam dirimir quaisquer dúvidas quanto à motivação do crime."
A polícia não reintimou Sérgio Chefe nem o ex-vereador Klinger Souza (PT), apontados pela promotoria como peças de 'organização criminosa estável' que teria criado poderosa rede de propinas na gestão Daniel. "É obvio que eles ratificariam suas declarações anteriores", anotou Elizabete, que destacou sua preocupação em "não transformar a investigação em um acontecimento político".
(Agência Estado)
A polícia concluiu que não há provas de crime político no assassinato de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André seqüestrado e executado a tiros em janeiro de 2002. Elizabete Sato, delegada titular do 78º Distrito Policial (Jardins), mandou à Justiça e ao Ministério Público relatório de 5 páginas, no qual escreveu: "Os testemunhos trazidos ao procedimento nesta segunda fase ratificaram as participações dos indivíduos indiciados no primeiro inquérito policial, alguns até trouxeram uma suspeita aqui ou acolá sobre eventual crime político, todavia, suspeita sem a devida prova equivale a quase nada."
A delegada investigou o caso durante um ano. Ela foi escalada pela Secretaria da Segurança para apurar denúncias dos irmãos do prefeito, João Francisco e Bruno, segundo as quais Celso foi alvo de crime de encomenda porque teria decidido dar fim a um suposto esquema de corrupção.
Elizabete, quase 30 anos de experiência, concluiu em outubro o inquérito 781/2005: "Decorrido um ano desde a reabertura das investigações, passado o período da 'efervescência investigativa' que suspeitava de crime político, tese defendida pelo Ministério Público de Santo André e os irmãos da vítima, certo é que estes dois últimos não apresentaram, quer seja na CPMI dos Bingos, quer seja no inquérito policial, qualquer indício que redundasse em prova que pudesse dar sustentação à suspeita."
A delegada ressaltou: "A voracidade do Gaeco de Santo André sucumbiu diante da não-demonstração de outras provas." Gaeco é a sigla da unidade de elite do Ministério Público que tem a missão de combater o crime organizado. Os promotores do Gaeco estão convencidos de que Daniel foi morto a mando do empresário Sérgio Gomes, o Sérgio Chefe. Ele nega.
A delegada ouviu os sete pistoleiros presos sob acusação de terem sido os executores do prefeito. Eles confessaram o crime, como tinham feito na primeira etapa da investigação, conduzida pelo Departamento de Homicídios. Em sua avaliação, a única novidade foi a constatação de que L. S. N., o Lalo - na época do crime com 15 anos - , assumiu a autoria dos 7 disparos contra o prefeito 'por mando e coação' de José Edson da Silva, o Zé Edson, "este sim o principal executor do crime e indivíduo que exala violência e descomprometimento com a vida humana".
Ela dedicou um parágrafo a Dionísio Aquino, assaltante que o MP aponta como mentor do crime. Aquino havia sido resgatado de helicóptero de um presídio dias antes do seqüestro. Recapturado, ele acabou morto a golpes de estilete na Detenção Belém 2. "O elemento principal para o deslinde completo do caso talvez tenha levado consigo as informações preciosas que poderiam dirimir quaisquer dúvidas quanto à motivação do crime."
A polícia não reintimou Sérgio Chefe nem o ex-vereador Klinger Souza (PT), apontados pela promotoria como peças de 'organização criminosa estável' que teria criado poderosa rede de propinas na gestão Daniel. "É obvio que eles ratificariam suas declarações anteriores", anotou Elizabete, que destacou sua preocupação em "não transformar a investigação em um acontecimento político".
(Agência Estado)
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Laudo é caixa-preta
Laudo da Unicamp pode provocar reviravolta na investigação da morte do legista Carlos Delmonte Printes, ano passado. Autor da necropsia de Celso Daniel, ele apontou que o prefeito de Santo André (SP) foi torturado antes do assassinato. A polícia encontrou um bilhete de despedida e concluiu que Delmonte se matou. Colegas dele na Escola Paulista de Medicina duvidam da versão de suicídio. Pronto há seis meses, o laudo é mantido sob sigilo.
A polícia acredita que o laudo da Unicamp mostrará que o legista de Celso Daniel foi envenenado por método sofisticado, desconhecido no Brasil.
(Cláudio Humberto)
Laudo da Unicamp pode provocar reviravolta na investigação da morte do legista Carlos Delmonte Printes, ano passado. Autor da necropsia de Celso Daniel, ele apontou que o prefeito de Santo André (SP) foi torturado antes do assassinato. A polícia encontrou um bilhete de despedida e concluiu que Delmonte se matou. Colegas dele na Escola Paulista de Medicina duvidam da versão de suicídio. Pronto há seis meses, o laudo é mantido sob sigilo.
A polícia acredita que o laudo da Unicamp mostrará que o legista de Celso Daniel foi envenenado por método sofisticado, desconhecido no Brasil.
(Cláudio Humberto)
Eu desisto. Nem vou comentar nada.
10 comentários:
Eu ja desisti!! So posso pedir desculpas aos irmaos do Celso Daniel por ser covarde e por nao fazer nada, nao lutar em busca da verdade.
Extendo meu pedido de desculpas aos familiares do legistas.
Por favor, perdoem minha covardia!!!
Que desaforo! A gente tem de formar uma grita geral pra que o caso não fique por isso mesmo!
Concordo, Letícia, temos que gritar. Mas pra quem? Pro prizidenti? Pra PF? Pros Jornais? Pra Carta Capital? Pro Alce CaGão?
Esse povo sofreu lavagem cerebral...
Ahh eu também não quero comentar nada não...
A gente pode passar a bola pros blogs, como o do Reinaldo Azevedo. Alguém aí tem o e-mail dele....
No próprio blog dele deve ter, não?
Isso aí é resultado de um conjunto de instituições falidas, as mesmas que estão absolvendo mensaleiros e sangussugas, que fazem vistas grossas pro Dossiê Vedoin e que fizeram vistas grossas para casos passados, como a reeleição do nefando sociólogo, as privatarias, etc...
É o caso, sim, de pedir desculpas, mas elas se dirigem a todos os brasileiros honestos, porque é grande a caterva dos que se aproveitam da falência da moral deste país!
Fiozinho de esperança: os promotores públicos disseram que não vão deixar barato.
Isso que eu ia dizer, Túlio. E ainda andaram dizendo por aí que os promotores transformaram isso numa questão pessoal. Junto com boa parte da população.
Pessoal ou nao, os srs promotores terao meu apoio total!
As pessoas do meu circulo estao sabendo cada dia mais o que esta acontecendo no Brasil, nao vou me calar.
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